Greve dos vigilantes continua sem previsão para encerramento
Categoria aguarda audiência no Ministério do Trabalho para tentar acordo para fim da greve
A semana começou com as agências bancárias fechadas em toda a Região dos Lagos. A greve dos vigilantes se arrasta há mais de um mês e, até o momento, não há indicativo de que a mesma será encerrada nos próximos dias. De acordo com um dos diretores da Federação dos Vigilantes do Estado do Rio, Roberto Barbosa Bruno, a categoria agora aguarda um posicionamento do Ministério do Trabalho.
"O caso agora está com o Ministério do Trabalho, que deve marcar audiência com o Sindicato Patronal para os próximos dias. Enquanto isso não acontece, a greve continua", disse o sindicalista.
De acordo com Roberto Bruno, a paralisação se arrasta por falta de negociação das empresas que prestam serviços de vigilância para os bancos no Estado do Rio. Na última quinta-feira (22) foi marcada reunião no Ministério Público, na capital carioca, mas o patronal não compareceu. "Imediatamente a promotora levou o caso para o Ministério do Trabalho, onde o patronal não pode fugir", disse Bruno.
Reivindicações - Segundo o sindicalista, a categoria pede 10% de aumento salarial, 30% por periculosidade aumento nos valores para transporte e alimentação. Em contrapartida, as empresas ofereceram apenas 1,5% de aumento e não negociam as demais reivindicações.
O principal ponto de divergência é a demanda quanto ao pagamento pela periculosidade da profissão, paga aos vigilantes pelo trato constante com valores. O sindicato da categoria reivindica que seja pago, também, um adicional por risco de vida, vinculado constitucionalmente à profissão, pelo fato de os vigilantes, mesmo não estando no exercício das funções, correr sempre o risco de ser identificado ou ter as famílias ameaçadas por criminosos. Apesar de serem dois adicionais distintos, as empresas alegam que o adicional por periculosidade já cobre as duas demandas.
Fonte: RC24H